Teses

Banco de Dados de Teses e Dissertações
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2.                  NEGRINI, Michele. A morte em horário nobre: a espetacularização da notícia no telejornalismo brasileiro. Porto Alegre: PUCRS. 2010. Tese (Doutorado em Comunicação) - Programas de Pós-graduação da CAPES. RESUMO: A morte é uma temática permeada por complexidades e as significações que assume para os homens são distintas. Desta forma, a manifestação da finitude humana no espaço televisivo oferece uma riqueza de possibilidades para investigações acadêmicas. As reportagens que abordam a morte no Jornal Nacional e no Jornal da Band são o foco desta pesquisa, que busca verificar que caracterização os dois telejornais dão à temática da finitude humana, na perspectiva do contexto da cultura das sociedades ocidentais contemporâneas. Preocupamonos também com a observação da caracterização dos mortos que tiveram espaço no jornalismo televisivo e na reflexão sobre a postura dos dois telejornais diante de pautas sobre a morte. A partir do suporte metodológico da Análise do Discurso de Linha Francesa, analisamos o funcionamento discursivo dos dois telejornais. O corpus de pesquisa foi composto por seis edições do Jornal Nacional e seis edições do Jornal da Band, as quais foram ao ar no período de 20 a 25 de outubro de 2008. Estiveram sob o olhar deste estudo todos os casos de morte apresentados nos telejornais que compõem o corpus. As edições têm como caso principal a cobertura da morte da adolescente Eloá Pimentel, que foi mantida em cativeiro por mais de cem horas, pelo ex-namorado,  Lindemberg Alves, em Santo André – São Paulo, e foi alvejada por ele no desfecho do seqüestro, no dia 18 de outubro de 2008. Entre as nossas conclusões, ganha destaque a constatação de que a construção do discurso sobre a morte no Jornal Nacional e no Jornal da Band está abarcada na espetacularização, e que o telejornalismo tem se configurado como um espaço público para o choro da morte.
3.                  NORONHA, Ceci Vilar. Dominios do Medo Social: Violência, crime e pobreza na grande Salvador. Salvador: UFBA. 2010. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva). RESUMO: Neste trabalho descrevemos os efeitos da violência na vida coletiva, enfocando valores e atitudes de indivíduos e grupos com relação ao uso da força física na resolução de conflitos. Elaboramos análises distintas para a violência dos grupos sociais, dos delinqüentes e os abusos de poder, por parte das agências de controle, apontando os nexos disso com as características da ordem social dominante. Consideramos as experiências de vitimização na área do estudo e as percepções dos indivíduos acerca da criminalidade violenta como dimensões relevantes da vida social, porque tais fenômenos podem servir como justificativas para outras formas de violências. Na construção das evidências empíricas, usamos informações do estudo multicêntrico Actitudes y Normas Culturales frente a la Violencia (ACTIVA), coordenado pela Organização Panamericana da Saúde (OPAS), e uma amostra de matérias jornalísticas publicadas em 1996. O inquérito domiciliar, com base em uma amostra probabilística de 1.384 residentes na Região Metropolitana de Salvador, nos possibilitaram conhecer os níveis de vitimização e as disposições subjetivas para agir usando o recurso da força física em situações conflitivas. Outras dimensões trabalhadas do ACTIVA foram as opiniões sobre o desempenho das agências de controle social, que revelam as expectativas sociais quanto às mesmas e a conformação idealizada do bairro residencial. Com relação ao jornal, selecionamos uma amostra aleatória composta por 62 dias da editoria de polícia, organizando um banco de matérias. Com o auxílio do software Nud*Ist classificamos o material publicado, segundo as nossas categorias de análise. Utilizamos o recorte de renda, gênero e cor/etnia para descrever os resultados do survey e buscamos articulá-los com os discursos sobre o crime, veiculados pela imprensa local. Com isso traçamos um painel das violências intencionais na Grande Salvador, contrapondo nossas evidências com as estatísticas policiais e as informações de mortalidade por homicídio. O jornal com sua crônica de crimes, especialmente centrada nos bandidos e, sobretudo, nos marginais de origem pobre, afro-mestiços, constitui uma fonte privilegiada de reprodução do discurso social sobre a criminalidade. Por outro lado, a imprensa recria também a atuação das agências de controle, entrelaçando-a à realidade dos atos violentos, em múltiplas situações, em que o medo ao crime se insinua como um álibi para as medidas de intervenção mais drásticas. Encontra-se justificativas até mesmo para a eliminação física dos bandidos. Defendemos que as estratégias de controle social empreendidas na Grande Salvador penalizam os pobres duplamente. Em primeiro lugar, o pobre é visto como ameaça. Os mesmos são estigmatizados como bandidos, tanto quanto suas áreas residenciais são segregadas e desassistidas pela segurança pública. Em segundo lugar, os pobres são as vítimas preferenciais em muitas circunstâncias que resultam em mortes violentas. Podemos compreender os linchamentos nos bairros populares como um exemplo disso, quando se alia o descrédito nas agências sociais e o desejo de resolução dos problemas. Em meio aos apoios sociais para a radicalização do combate à criminalidade, a mídia participa ativamente, atuando como uma caixa de ressonância de idéias autoritárias que pretendem extirpar o mal pela raiz. PALAVRAS-CHAVE: 1.Violência. 2.Crime e pobreza
4.                  LACERDA, Alexandre Magno Gonzalez de. Hegemonia e resistência: imprensa, violência e cultura popular - “Pois este homem não é tão ruim quanto o senhor pensa”. Rio de Janeiro: UFF, 2010. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Direito). RESUMO: O presente trabalho examina as diferenças entre os discursos da mídia tradicional e da cultura popular sobre a temática da violência e da criminalidade. A partir da pesquisa sobre a repercussão na imprensa e na obra de Bezerra da Silva da fuga da prisão de José Carlos dos Reis Encina, gerente do tráfico de drogas de uma comunidade carente da zona norte do Rio de Janeiro, pretende-se identificar o alinhamento da imprensa à produção acadêmica da sociologia positivista, que resulta na legitimação do Direito vigente. Por outro lado, busca-se aproximar o discurso da obra de Bezerra da Silva, por sua crítica às práticas associadas às normas jurídicas e aos órgãos de controle e repressão estatal, das elucubrações e conclusões da criminologia crítica
PALAVRAS-CHAVE: Imprensa, Violência, Cultura Popular.
5.                  SANTOS. Ana Luisa dos. Imaginário da violência ou violência do imaginário - uma análise dos valores da cultura brasileira contemporânea a partir do programa Linha Direta.  Belo Horizonte: UFMG, 2003. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social). RESUMO: Tomando como objeto de estudo o programa Linha Direta, da Rede Globo de Televisão, o trabalho examina as relações entre mídia e violência, a construção das representações midiáticas e, particularmente, o tratamento de uma forma específica do fenômeno, que é a violência doméstica (no âmbito das relações pessoais e de gênero). O trabalho foi desenvolvido através de duas etapas: a caracterização geral dos casos apresentados nos três primeiros anos de exibição do programa (1999-2002), de forma construir uma tipologia dos casos; uma análise mais aprofundada de uma amostra recortada a partir das categorias identificadas (tipo de crime, tipo de motivação, natureza dos réus e vítimas). PALAVRAS-CHAVE: mídia, violência, Linha Direta, imaginário, conflito
6.                  MARTINS FILHO, Oscar Paulo. Zero de conduta: a violência em um jornal de Porto Alegre. Porto Alegre: PUCRS, 2000. Dissertação (Mestrado em Ciências Criminais). RESUMO: Este trabalho analisa a forma como o fenômeno da violência é representado na imprensa. A mídia escrita é um polo gerador de comentários e discussões, sendo de suma importância, portanto, analisar-se a constituição do corpus formado por uma seleção de notícias que permitirá demonstrar o tratamento diferenciado que elas recebem, em função da diversidade do público leitor e da intencionalidade discursiva. O tratamente diferenciado entre os crimes de massa e de "colarinho branco" implica em que os últimos - praticados por pessoas com bom poder aquisitivo - tenham abordagem mais discreta, na medida em que há uma ênfase maior sobre crimes relacionados à população carente. A partir da análise do discurso das notícias vinculadas, especificamente no Jornal Zero Hora, pretendeu-se verificar de que forma esse veículo de informação qualifica a violência, quais seriam seus agentes e quais suas vítimas, bem como buscar os fatores que poderiam levá-los à prática do ato delituoso. PALAVRAS-CHAVE: Zero de conduta: a violência em um jornal de Porto Alegre
12.                SOUZA. Diana Paula de. Mídia e Criminalidade: O tratamento dos casos Abílio Diniz e Daniela Perez pela imprensa e suas implicações no direito penal brasileiro.Rio de JAneiro: UFF. 2010. Tese (Doutorado em Comunicação). RESUMO: Partindo da premissa de que os meios de comunicação de massa atuam como dispositivos de agendamento da pauta do Poder Legislativo nacional em matéria penal, este estudo busca analisar e identificar que estratégias discursivas foram utilizadas por três jornais de circulação nacional, a saber, Folha de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil, na cobertura do seqüestro do empresário Abílio Diniz em 1989 e do assassinato da atriz Daniela Perez em 1992. O primeiro episódio, aliado aos seqüestros de Antonio Beltran Martinez, Luís Salles e Roberto Medina, é considerado como aquele que apressou a elaboração e aprovação sem discussões da Lei de Crimes Hediondos. Já o caso Daniela Perez é apontado como um dos fatores que desencadeou uma campanha empreendida pelos meios de comunicação social para incluir o homicídio entre os crimes hediondos. Para tanto, empreendeu-se uma aproximação entre a narrativa jornalística e as narrativas folhetinesca e melodramática, analisando, principalmente, a construção maniqueísta de personagens, a noção de corte de capítulo, a busca pelo happy end e a humanização do relato. Considerando também que o jornalismo atua no processo de construção da realidade, contribuindo para a produção de clamor público ao redor de temas polêmicos, fundamentalmente no que tange à criminalidade violenta, analisou-se a editoria de Opinião das três publicações, em especial as Cartas dos Leitores, com o objetivo de identificar se, de fato, a opinião pública aderiu às versões defendidas pela imprensa em ambos os episódios. PALAVRAS-CHAVE: narrativa jornalística; estratégias discursivas
13. PEREIRA, Adriana Camargo. Violência nos telejornais: A realidade espetacularizada. Campinas: Universidade Estadual de Campinas. 2000.       Dissertação (Mestrado em Multimeios). RESUMO: O presente estudo procura demonstrar as estratégias de espetacularização das linguagens "documentais" veiculadas por telejornais nacionais dos canais de TV abertos, a saber: Cidade Alerta (Record) e Aqui Agora (SBT). Imagens da violência, enquanto fenômeno ambivalente, inerente à condição e ação humanas, dificilmente conseguem ser captadas no momento exato de seu acontecimento. Na busca de audiência, os estratagemas utilizados pelas redes de televisão são a mistura de temáticas concernentes à violência e ao seu contexto a outras ligadas a acidentes, ao sensacionalismo com e sem conteúdo violento, as que remetem a assistencialismo através de coberturas filantrópicas e de defesa dos direitos do cidadão. A estandardização dos formatos dos programas indica um tratamento superficial também padronizado das notícias, imprimindo, assim, a marca da banalização a um dos fenômenos mais instigantes da humanidade. Pelo menos, é o que demonstra os resultados alcançados a partir da adequação, desenvolvimento e aplicação de metodologia para estudo de telejornalismo sensacionalista. Em linhas gerais, as análises morfológica e de conteúdo realizadas indicam que a espetacularização da "realidade" não pode ser enfocada de forma isolada, pois as estratégias utilizadas pelos meios de comunicação baseiam-se na fragilização das instâncias de percepção dos espectadores. Entre essas estratégias encontram-se as imagens da violência - quando existentes - e os discursos vazios. A baixa taxa de informação é característica desses - e de outros - telejornais. Palavras-Chave: Televisão; Violência; Espetacularização; Metodologias; Análise de Conteúdo Obs.: Acompanha vídeo (8min 18Seg) PALAVRAS-CHAVE: Televisão; Violênica; Espetacularização; Metodologias; Análi